A falta de vitamina D afeta cerca de 15% dos adultos entre 18 e 45 anos no Brasil, segundo um estudo publicado na revista Journal of the Endocrine Society. A deficiência desse tipo de vitamina prejudica significativamente o desempenho, a saúde física e mental desse grupo, podendo ocasionar sintomas como sensação de fraqueza, dores musculares e outros desconfortos. Por isso, a deficiência desse hormônio representa um risco para o bem-estar, e sua reposição deve ser cuidadosamente acompanhada por um especialista.
Neste artigo, vamos mostrar quais são os principais riscos e sintomas da falta de vitamina D, o que a deficiência desse hormônio pode causar no organismo e como fazer a reposição. Continue a leitura!
Os principais sintomas da falta de vitamina D
A vitamina D é um hormônio que contribui para o bom funcionamento do corpo, facilitando a absorção de cálcio e fósforo, minerais responsáveis pela saúde óssea, muscular e imunológica. Sua deficiência no organismo pode gerar vários problemas de saúde, tais como:
- Redução da força muscular;
- Cansaço excessivo;
- Desconforto nos ossos ou músculos;
- Maior propensão a infecções;
- Oscilações de humor, podendo incluir quadros depressivos;
- Perda de cabelo acentuada;
- Cicatrização lenta de feridas;
- Distúrbios do sono;
- Sensação frequente de sonolência;
- Infecções respiratórias frequentes;
- Comprometimento no desenvolvimento ósseo.
A falta de vitamina D pode ser confirmada por meio de exames de sangue e saliva. É fundamental consultar um médico para obter um diagnóstico preciso.
Quais os riscos da falta de vitamina D?
A vitamina D desempenha várias funções importantes no organismo. Ela atua na regulação do metabolismo, no fortalecimento da imunidade e na manutenção da saúde óssea, além de contribuir para o crescimento e para a musculatura. Por essa razão, é fundamental manter os níveis desse hormônio adequados para a sua idade. O baixo nível de vitamina D pode representar riscos à saúde, tais como:
- Doenças cardiovasculares;
- Doenças autoimunes;
- Diabetes;
- obesidade;
- Problemas ósseos;
- Raquitismo em crianças;
- Osteomalacia em adultos;
- Osteoporose;
- Má formação óssea;
- Maior suscetibilidade a infecções virais, como gripe e resfriado.
O que pode causar no cérebro?
A falta de vitamina D no organismo pode estar associada a dificuldades cognitivas, como problemas de memória. Além disso, alguns estudos sugerem que baixos níveis desse hormônio podem estar relacionados a um maior risco de desenvolver doenças neurodegenerativas, como Alzheimer, e transtornos psiquiátricos, como esquizofrenia.
Outros estudos sugerem que a ausência da vitamina D também pode favorecer o aparecimento de quadros de depressão e ansiedade, transtornos mentais que afetam mais de 9% da população brasileira segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Uma pesquisa realizada pelo Ipsos mostrou que adultos entre 18 e 24 anos são os mais afetados por quadros de depressão e ansiedade no Brasil. Esse dado pode estar relacionado à deficiência de vitamina D no sangue, já que segue a mesma faixa etária apresentada.
Qual a melhor forma de repor a vitamina D?
A melhor forma de repor a vitamina D é por meio da exposição solar, da alimentação e da suplementação. Para aumentar os níveis do hormônio, é fundamental manter uma dieta à base de alimentos ricos em vitamina D, expor-se à luz do sol entre 10h e 15h por, no mínimo, 15 minutos, três vezes por semana, e, se necessário, fazer a suplementação da vitamina.
Algumas pessoas não conseguem atingir o nível ideal de vitamina D no organismo apenas com a alimentação e a exposição solar. Por isso, a suplementação pode ser indicada.
O que comer para aumentar a vitamina D?
A alimentação é crucial para o aumento dos níveis de vitamina D no sangue. A seguir, veja a lista dos principais alimentos:
- Peixes ricos em gordura, como salmão, atum, sardinha e bacalhau;
- Gema de ovo;
- Cogumelos comestíveis;
- Fígado de frango ou de boi;
- Ostras e frutos do mar;
- Leite e seus derivados, como queijos, iogurtes e manteiga;
- Óleos de origem marinha, como o óleo de fígado de bacalhau e o óleo de salmão;
- Cereais e sucos enriquecidos com nutrientes;
- Gorduras vegetais, como cacau em pó sem açúcar e chocolate amargo (mínimo 70% de cacau);
- Algas comestíveis, como a alface-do-mar;
- Fígado bovino, uma boa fonte de vitamina D, que deve ser consumido com moderação devido ao seu teor de colesterol;
- Manteiga;
- Derivados da soja, como leite e tofu.
No entanto, a principal fonte de vitamina D é a exposição solar, pois a produção do hormônio em sua forma ativa ocorre principalmente quando a pele entra em contato com os raios UVB.
Qual é a fruta que é rica em vitamina D?
A vitamina D não está presente em nenhuma fruta, pois esse nutriente não é encontrado nesse tipo de alimento. Sua principal fonte é a exposição solar, especialmente aos raios UVB, além de alimentos de origem animal, como peixes e queijos. Também pode ser obtida por meio de suplementos
Tabela vitamina D por idade
Essa tabela por idade foi desenvolvida com base nas indicações do Institute of Medicine (IOM) e da Endocrine Society, sobre o consumo diário de vitamina D.
Faixa etária | Recomendação Diária (UI) | Limite Máximo (UI) |
Bebês (0 a 6 meses) | 400 UI | 1.000 UI |
Bebês (7 a 12 meses) | 400 UI | 1.500 UI |
Crianças (1 a 3 anos) | 600 UI | 2.500 UI |
Crianças (4 a 8 anos) | 600 UI | 3.000 UI |
Adolescentes (9 a 18 anos) | 600 UI | 4.000 UI |
Adultos (19 a 70 anos) | 600 UI | 4.000 UI |
Idosos (acima de 70 anos) | 800 UI | 4.000 UI |
Gestantes e lactantes | 600 UI | 4.000 UI |
Conclusão
Em resumo, a deficiência de vitamina D pode impactar diversas funções essenciais do organismo, afetando a saúde óssea, imunológica e mental. A baixa concentração desse hormônio está associada a um maior risco de doenças como osteoporose, diabetes, transtornos psiquiátricos e infecções frequentes. Para manter níveis adequados, é fundamental garantir a exposição solar regular, consumir alimentos ricos em vitamina D e, quando necessário, recorrer à suplementação sob orientação médica. Cuidar da ingestão dessa vitamina é um passo essencial para uma vida mais saudável e equilibrada.